Haiden
Natalia se trancou no quarto e ficou isolada por horas. A mãe dela insistia para ela sair, mas nenhum som podia ser ouvido do outro lado. Eu me preocupava com o filho que ela carregava. Tanto estresse só poderia fazer mal à criança.
— Vou chamar o médico da família para vir vê-la – o silêncio permaneceu – você está grávida, preciso me certificar de que está tudo bem com o meu filho.
Alguns segundos depois, a porta se abriu. Seus olhos inchados e borrados. Então se debruçou, me abraçando.
— Não precisa chamar o médico, eu estou bem – ela disse ainda agarrada em mim.
Eu não saberia como consolar a Natalia, nem mesmo demonstrar qualquer afeto a ela. Cinco anos de casados só nos distanciou. Eu não tinha nenhum sentimento por aquela mulher além de pena. Natalia estava destruída. Ela tremia enquanto chorava, então a agarrei no colo e a levei para o meu quarto.
— Você precisa se acalmar pelo bem do nosso filho.
Ela instalou os lábios assim que eu disse isso.
— Eu queria que vo