36. Protegida por ele
—Não sei.—Sussurrei.
Kairos não disse nada de imediato. Apenas caminhou pela sala com passos firmes, como se cada movimento fosse calculado para ocupar o espaço e a minha atenção. Eu o segui com os olhos, o coração acelerado. O ambiente parecia pequeno demais para conter a tensão que crescia entre nós.
— Preciso te contar uma coisa — falei, finalmente. A voz saiu mais baixa do que eu pretendia, quase trêmula.
Ele parou, virou-se devagar, e seus olhos se fixaram em mim. Não havia impaciência, mas sim uma expectativa silenciosa, pesada. Respirei fundo, reunindo coragem.
— Há Alguns dias eu recebi um buquê e era do Noah meu ex noivo , e ontem quando eu sai do escritório ele mandou entregar outro pra mim. Esses buquês… não são apenas incômodos. Eles me assustam. — Fiz uma pausa, tentando manter o tom firme. — Noah sabia que eu tinha deixado o primeiro na mesa da minha cozinha. Como ele conseguiu essa informação?
O olhar de Kairos se estreitou, a mandíbula tensionada. Mas continuei, a