34. Culpa da impaciência
—Noah — murmurei, incapaz de conter o tremor na voz. Segurei o buquê mais firme, sentindo a raiva se misturar ao medo. O almoço se tornava secundário; minha única preocupação era como ele poderia saber que o outro buquê ficou em cima da mesa.
Respirei fundo, tentando não ceder à ansiedade, e caminhei até o carro que me levaria ao restaurante onde ia almoçar. Cada semáforo, cada curva, me fazia refletir sobre como aquela situação estava fugindo do meu controle. Ao chegar, respirei fundo novamente e tentei aproveitar o ar livre, sentindo os raios de sol aquecerem levemente meu rosto.
O restaurante estava movimentado, mas minha atenção estava totalmente voltada para o plano que eu havia traçado: registrar um boletim de ocorrência contra Noah. Pedi um café enquanto revisava mentalmente os detalhes que precisaria relatar. Havia muito a explicar: ameaças, invasão de privacidade e a sensação constante de estar sendo observada. Tudo isso se misturava à ansiedade pelo futuro incerto.
Ap