30. Pensamentos incertos
Entrei no meu apartamento, coloquei a bolsa na mesa e me encostei na parede, tentando organizar o turbilhão de pensamentos que me consumia.
O jantar, as palavras de Kairos, o contrato, Victoria… tudo rodava em círculos na minha mente. Cada frase dita por ele se repetia como um eco que não queria desaparecer. Era impossível separar a atração que sentia dele da necessidade de proteção que ele exigia. O contrato parecia mais um labirinto do que uma proteção. E, no entanto, algo dentro de mim sussurrava que aquilo podia ser necessário. Mas por quê? Por que tudo precisava ser assim?
Sentei-me no sofá, ainda com a roupa do trabalho, o corpo rígido. A tensão não diminuía. Minha cabeça estava cheia de perguntas que não encontravam respostas. Será que ele realmente se importava comigo de uma forma diferente? Ou eu era apenas mais um desafio a ser controlado?
Peguei o celular, relendo a mensagem que ele havia enviado antes de sairmos do restaurante. Era curta, direta, intensa. Aquela mens