O corredor escuro e estreito estava impregnado por um forte cheiro de peixe.
Era ali que as barracas de beira de estrada armazenavam peixes e camarões.
Mesmo durante o dia, quase não havia luz naquele lugar.
Na penumbra, uma mão segurava firmemente o braço de Melissa, enquanto outra apertava seu queixo.
A voz fria e inconfundível de Joaquim ecoou:
— Eu já disse que você me confundiu com outra pessoa, não entendeu?
Melissa soltou uma risada sarcástica.
— Então quer dizer que você se chama Pascoal? Que coincidência... Você é idêntico ao meu amigo.
Na escuridão, Joaquim permaneceu em silêncio por um instante antes de responder:
— Isso não prova nada. Eu não sou quem você está procurando. Pare de me seguir.
Melissa tinha quase certeza de que aquele homem à sua frente não havia perdido a memória.
Mas por que ele estava fingindo que não a conhecia?
"Será que todo aquele amor que ele demonstrou era apenas fingimento? Ele disse que queria se casar novamente comigo, que