Melissa recuou dois passos com o computador nos braços, em uma postura defensiva.
Joaquim estava estranho naquele dia e ela não conseguia entendê-lo.
Vendo sua atitude de alerta, Joaquim não conseguiu segurar o riso:
- O quê? Não posso voltar para o meu próprio quarto?
“Claro que pode.”
Melissa já tinha pensado nisso quando concordou em passar a noite. Normalmente, ela dormiria no sofá e Joaquim na cama, mas se ele não fosse trabalhar no escritório, ela não poderia desenhar.
- Você não está cansada de segurar dois notebooks? - Joaquim tentou soltar a gravata, sem sucesso, e impaciente, disse. - Me ajuda a tirar isso.
Ela já tinha feito essas coisas antes. Melissa colocou o computador de lado, se levantou na ponta dos pés para ajudá-lo.
Joaquim, como se não percebesse que ela precisava se esticar, ficou ereto, sem curvar a cintura, irritando bastante Melissa.
Ela realmente queria estrangulá-lo. Enquanto pensava nisso, a porta se abriu.
Melissa se sobressaltou e puxou a gravata na di