A luz da manhã mal havia tocado a mansão quando Selene desceu para a biblioteca. A noite fora longa, e o peso das revelações ainda pairava sobre ela. O diário de Lilith estava em suas mãos, as páginas desbotadas marcadas por palavras que prometiam tanto esperança quanto condenação.
Lucien já estava lá, cercado por pilhas de livros antigos e símbolos desenhados à mão em folhas espalhadas pela mesa. Ele parecia exausto, mas determinado.
— Encontrou algo? — Selene perguntou, sua voz baixa no silêncio cavernoso do lugar.
Ele levantou o olhar, passando a mão pelos cabelos desgrenhados.
— Confirmei o que o diário disse. O ritual pode prendê-lo novamente, mas há complicações.
— Claro que há — murmurou ela, sentando-se ao lado dele.
Lucien pegou uma das páginas amareladas e colocou-a diante dela.
— O ritual exige duas coisas essenciais. Primeiro, a conexão de sangue. Como descendente de Lilith, você é a única capaz de canalizar o poder necessário para trancá-lo de volta.
Selene sentiu um frio