Augusto,
Acordo com o tinir de aparelhos hospitalares, olho em volta e as paredes brancas me doem as vistas, papai está sentado na poltrona de visitas e se levanta rapidamente ao me ver desperto.
— O que houve? — Pergunto confuso e sentindo dores.
— Você se envolveu em um acidente essa madrugada, que irresponsabilidade a sua, onde já se viu beber e dirigir? — Ele da uma bronca mas sua voz é de preocupação.
— Papai... — começo a falar, mas somos interrompidos pela chegada do médico.
Um homem alto, magro, com óculos e uma prancheta na mão se aproxima acompanhado de uma jovem enfermeira, ambos nos cumprimentam eu apenas aceno com a cabeça e dou um sorriso pálido.
O médico passa toda ficha para o meu pai e explica que por muito pouco não fico paraplégico, ouvir isso foi um choque, eu não devia ter bebido tanto.
— Está vendo o que sua imaturidade fez? você não é um jovenzinho de 18 anos não, você já tem quase 30, pare de agir feito um adolescente e comece a ter modos de homem — Jorge fala