Solange segurava a porta do carro com tanta força que as pontas dos dedos começaram a ficar brancas.
Ela mordeu o lábio inferior e, com a voz baixa, disse:
- Tudo bem, desculpe incomodá-lo, Tio Walter.
No momento em que fechou a porta do carro, o Carro da Liberdade partiu.
Pelo comportamento de Walter, parecia que ele não gostava dela.
A personalidade de Walter sempre foi reservada, e os poucos encontros entre eles não foram agradáveis, assim, era natural que ele não tivesse afeição por ela.
Solange se virou e começou a caminhar lentamente em direção ao complexo residencial, desaparecendo rapidamente no corredor do prédio.
No Carro da Liberdade, Igor percebeu a atmosfera gelada que emanava de Walter, que estava sentado no banco de trás, e manteve a cabeça baixa, sem ousar falar.
Ele pensou que Walter poderia dar algum crédito a Solange por ela ser a esposa de seu sobrinho.
No entanto, quando Solange tentou devolver o casaco, e Walter instruiu que ela o jogasse fora, ficou evidente que,