A Emboscada
A noite desce pesada sobre a cidade, e sinto cada batida do meu coração no silêncio que antecede a tempestade.
Estou no SUV com Theo ao volante e Jonh no banco de trás, Raul preso no porta-malas do nosso carro blindado.
Mateus dirige nossa van, levando os dois veículos em comboio por ruas estreitas, iluminadas apenas pelos faróis e pelo brilho ocasional de semáforos vermelhos.
— Theo, confirme a rota, minha voz soa firme, mas a adrenalina corre solta.
Ele olha para mim, os olhos refletindo determinação.
— Quinta Avenida, depois virada à direita na Rua do Pilar. Lá tem um túnel que leva direto ao cativeiro.
Os pneus cantam quando aceleramos. Jonh, encarregado de monitorar as comunicações, ajeita seu rádio:
— Chefe, a perseguição começou. Dois sedãs escuros vão atrás de vocês.
Meu estômago se contrai: os Cordobeses não desistiram de Raul. Ele é valioso demais. Se eles conseguirem resgatá-lo, todo nosso esforço será em vão.
— Theo, não desacelere. Aperto a voz para soarmos