De volta à luta
Dois meses se passaram desde aquele parto mágico entre os cavalos selvagens.
A pequena Amanara agora dormia tranquilamente no quarto ao lado, embalada pelo calor da fazenda Feitiço do Sol Nascente e o amor incondicional de todos à sua volta.
Luna, depois de semanas em repouso, finalmente se sentia pronta.
Não apenas para voltar às tarefas da fazenda, mas para algo que vinha queimando em sua alma desde a morte de seus pais:
Ajudar Mateus a fazer justiça.
Theo entrava no quarto com um bule de chá quente quando viu Luna em frente ao espelho, vestindo novamente sua roupa de couro, aquela que usava nas missões.
Seus olhos se estreitaram, mas ele não disse nada de imediato. Apenas observou a firmeza com que ela ajustava os cintos, como se vestisse uma armadura.
— Você tem certeza? Perguntou, suavemente.
— A Amanara ainda é tão pequena...
Luna se virou para ele, os olhos marejados.
— Justamente por isso, Théo. Eu quero que ela cresça num mundo em que os Cordobeses não