A expressão de Marcos não era boa, ele olhava para Sílvia, com as sobrancelhas ligeiramente franzidas.
A expressão de Sílvia não mudou muito.
Ela parecia não ter emoções ou pensamentos, como se fosse um zumbi.
Mesmo quando entrou para falar com a polícia sobre a acusação contra Yago, fez isso de maneira mecânica, sem demonstrar qualquer traço de energia ou emoção.
Marcos permaneceu em silêncio, Sílvia também não falou, ela apenas o observava em silêncio.
Até que Enrico, ao lado, falou:
- Presidente Marcos, poderia sair do caminho, por favor? Você está bloqueando a passagem.
Os olhos escuros de Marcos se viraram para ele, mas logo voltaram a Sílvia.
Foi Sílvia quem suspirou primeiro.
Ela olhou para os próprios pés e, sua voz era tão suave que parecia flutuar, disse:
- Estive tão ocupada nos últimos anos que nunca tive tempo para ele. Agora que é o fim, poderiam me deixar em paz por um momento?
Marcos franziu ainda mais as sobrancelhas e Sílvia olhou para Enrico:
- Você pode me ajudar