O ar estava pesado, impregnado com o cheiro de cinzas e sangue. O campo de batalha já havia silenciado, mas uma última presença ainda permanecia: Maginos, o traidor, aquele que um dia foi alfa, mas que agora não passava de um espectro deformado pela escuridão.
Seu corpo já não lembrava o de um lobo. Não havia pelos, não havia carne como a de um ser vivo. Apenas um amontoado de sombras retorcidas que se moviam como tentáculos, sustentando uma figura humanoide de olhos rubros. Sua pele, quando ainda se via algum traço, parecia queimada, rachada, como carvão prestes a se apagar.
Ele rugiu contra o céu, sentindo o poder da Deusa que ainda reverberava na terra. O ódio queimava dentro dele, mas sua força já não era a mesma. O pacto que fizera com o demônio poderoso havia lhe dado o que sempre quisera — poder, destruição, domínio sobre as sombras — mas agora cobrava o preço final.
Maginos já não era mais um alfa. Já não era lobo. Já não era sequer vivo.
Ele era apenas uma sombra caminhando p