— Não dá para exigir dele que acredite assim… Dá para ver que a vida para ele foi muito sofrida.
Clarice, ainda com o rosto úmido de lágrimas, ouviu essas vozes com o coração dilacerado, mas determinado a não abandonar seu irmão – ou o que restasse dele. Ela sabia que a jornada seria longa e cheia de desafios, mas a ideia de poder alcançá-lo, de fazê-lo sentir que ele não estava sozinho, era o que a mantinha de pé.
A floresta, agora despertada pelo sol nascente, parecia respirar um ar de melancolia e esperança. Cada árvore, cada folha, cada raio de luz carregava consigo a memória da noite anterior, repleta de lutas, de dor e de estratégias desesperadas. O ambiente se transformara em um cenário onde a beleza natural se misturava à crueldade dos destinos traçados pelo acaso e pela maldição.
Clarice olhou para os rostos de Clarck e Gael, que ainda se encontravam próximos, observando o vazio deixado pelo homem em fuga. Em seus olhos, havia a compreensão silenciosa de que aquela partida nã