Poucos minutos após sua saída, Malú viu seu telefone tocar incessantemente, a foto e o nome de Dante apareceram na tela. Ela sorriu maliciosamente.
— Agora ele deseja me atender... Mas, infelizmente, quem não quer falar com você sou eu! — murmurou baixinho, se sentindo vitoriosa.
— Filha, não vai atender seu noivo? — Gil perguntou curioso.
— Ah, não, papai. Dante quer que a gente fique em Petrópolis e eu prefiro voltar para casa, graças a Deus o senhor já está bem melhor.
— Ele só quer cuidar de você, querida. Dante é um homem muito gentil.
Ela bufou disfarçadamente.
— Sim, ele é muito gentil — concordou, revirando os olhos.
Enquanto dirigia, Malú notou que havia um carro lhes seguindo. Inicialmente pensou que fosse algum tipo de paranóia, mas logo percebeu que não estava errada. Foi inevitável não se lembrar de sua fuga e de Dante dias antes. Precisou disfarçar para que seu pai não notasse.
— Está tudo bem, Malú? — Gil perguntou ao notar que ela olhava fixamente o retrovisor do meio.