A luz suave da manhã filtrava-se pelas janelas da mansão, dançando sobre os lençóis e acariciando minha pele ainda sensível. O quarto estava em silêncio, exceto pelo som das respirações suaves dos meus filhos. Um em cada braço. Dois corações pequenos, batendo em uníssono com o meu, como se sempre tivessem feito parte de mim.
O príncipe e a princesa do Clã Eclipse.
Ainda me parecia um sonho.
Me acomodei melhor na poltrona próxima à lareira, com almofadas apoiando minhas costas doloridas, e puxei meu robe de algodão branco para amamentar minha filha. Seus olhos dourados — tão estranhamente conscientes — se fecharam devagar quando ela encontrou o seio e começou a sugar com determinação. Ao meu lado, o pequeno dormia, a expressão serena como a de Caelum quando repousa em paz.
A maternidade era muito mais do que eu imaginara. Era visceral. Selvagem. Mágica.
E transformadora.
Estava há dias em resguardo, respeitando os ritos do clã para as mães recém-paridas. Não sair, não tocar em terra fr