Na manhã seguinte, Heitor despertou renovado. Mas ao tentar se mexer, percebeu que estava preso por algo suave. Eram as mãos dela. Julietta dormia ao seu lado, meio deitada, uma palma repousada em sua testa, a outra sobre seu ombro, como se o protegesse.

Ele afastou lentamente as mãos dela e ficou observando seu rosto. Os cabelos castanhos caindo pelas laterais, as sobrancelhas marcadas, o nariz afilado, o vinco nos lábios. Passou de leve o dorso dos dedos por suas maçãs do rosto… mas interrompeu o gesto quando a mão ameaçou chegar até a boca dela.

— Linda… por dentro e por fora — sussurrou.

Julietta só despertou perto do meio-dia. Encontrou todos da casa estranhamente atentos.