Dafne desesperou-se ao ver o desprezo absoluto estampado no rosto do homem que ela amava. As palavras penetraram em sua mente como terríveis açoites. Ela poderia dizer o que quisesse a Cézar, mas jamais, algum dia, seria capaz de fazê-lo acreditar nela. A opinião dele estava formada a muito tempo.
O choque retardado começou a manifestar-se, e a despeito do calor que lhe aquecia no peito e do fogo da lareira, Dafne começou a tremer de uma maneira incontrolável.
- É melhor você tirar essa roupa de banho e vestir-se. - Cézar ordenou.
Ele desapareceu no banheiro para voltar momentos depois com algumas roupas de baixo e um vestido leve, de uso caseiro. Depois que Cézar a ajudou a vestir-se e a colocou no sofá em frente do fogo, disse-lhe:
- A próxima prioridade é uma bebida quente e um analgésico.
- Não concordo com você. Acho que a próxima prioridade é entrar em contato com Flávio e impedi-lo de partir.
Por um momento, ele pareceu furioso. Depois, apanhou o telefone.
- Escute. Aqui é Hof