Malia
Fico na minha sala mergulhada no silêncio, que de certa forma amo. Apesar de gostar de conversar com outras pessoas e passar o dia ouvindo alguma música muito sem sentido, amo a sensação de paz que o silêncio carrega.
Sei que para muitas pessoas o silêncio é perturbador, e mesmo para mim, algumas vezes, ele é perturbador, principalmente quando a minha cabeça está processando mil e uma coisas ao mesmo tempo.
Permaneço no silêncio absoluto, continuando o meu trabalho na maior paz, até que escuto a porta ser aberta e só uma pessoa é ousada nesse nível, então, na hora, viro para ele, com o rosto aborrecido.
— Meu bombom, meu raio de sol, como você está hoje?
Malik entra na sala com um saco, que imagino ser de comida, numa mão e um envelope pequeno na outra. Fico feliz só de ver aquilo na minha frente, já é hora de comer, de qualquer jeito. Sei pela cara de sonso dele, que Malik aprontou alguma. É tão fácil perceber isso pelo rosto todo sorridente, quase sinistro, que nem uma