— Nada... — Tentei retirar a mão dele, furiosa.
Theo tentou me abraçar, mas eu o afastava com veemência.
— Posso lhe dar um doce — brincou.
— Eu não sou mais criança. Não me comprará com doces...
Lutamos por um tempo, eu tentando afastá-lo e ele insistindo em me tocar. Quando finalmente desisti, Theo secou minhas lágrimas e disse:
— Se usasse as minhas maquiagens, não ficaria borrada quando chorasse.
— Eu só uso Giordano — falei, amargamente.
— Por isso está com o rímel escorrendo pelas bochechas... — Passou os dedos com força, tentando limpar.
— Nunca usei as porras que me mandou — confessei.
— Jogou fora?
Assenti, satisfeita com a reação dele.
— Jogou fora tudo que lhe mandei e ainda se envolveu com o homem que roubou o meu projeto? Com uma irmã como você, ninguém precisa de inimigos.
— Me leva embora — pedi firmemente. — Ou me dê a chave.
— Jamais eu lhe daria a chave do Maserati do papai... Sinceramente, acho que nem se estivesse sobrea.
— Porque não confia em mim e blá, blá, blá.