As horas pareciam se arrastar desde que aquela voz misteriosa atravessou minha noite com promessas de revelações capazes de mudar tudo. Eu não dormi direito desde então. Mesmo protegida nos braços do Edward, mesmo com os cuidados da Carol, da Joyce, de todos… aquela ligação não saía da minha cabeça.
Porque algo dentro de mim sabia, ela dizia a verdade.Eu sentia. Não era intuição boba ou desejo de vingança. Era um pressentimento real, físico. Como um arrepio constante na espinha.Na manhã seguinte, acordei antes mesmo do celular tocar. Ainda estava escuro, o céu de um cinza profundo como se também esperasse por algo. Andei pela casa em silêncio, tentando não acordar Edward, mesmo sabendo que ele já dormia com sono leve desde que tudo começou. Quando voltei para o quarto, ele me olhava com aqueles olhos que sempre enxergam fundo demais.– Vai acontecer hoje, não é? – ele perguntou, a voz rouca do sono, mas firme. Assenti. – Eu s