— Aonde você vai? — Ele inquire exasperado, mas eu não olho para trás e sigo direto para o bar para pegar outro copo de vodca no balcão. Me sento a mesa onde a Ana e o Luís conversam intimamente. Eles param a conversa de repente e me olham com olhos especulativos e depois voltam a sua conversa como se nada tivesse acontecendo. Marcos também vem para mesa e nós ficamos nos encarando, como um duelo de olhares. Ninguém pisca e ninguém diz nada. Em algum momento, Luís e Ana resolvem ir dançar e Marcos continua a me encarar do outro lado da mesa.
— Qual é a tua, garota? — Ele cospe uma pergunta afetada.
— O quê, do que você está falando? — faço-me de desentendida.
— Eu só pedi a porra de uma dança, precisava daquele teatro todo com aquele cara? — pergunta entre dentes.
— Não era um teatro. Qual é? Eu não sou nenhuma traíra tá bom? Você pode ficar com quem quiser, só me deixa em paz cara! — Não escondo a minha indignação.
— Que mané traíra o quê? Do que você está falando garota? — Quero sa