“A solidão é o silêncio da alma, onde se ouvem os ecos mais profundos do nosso ser.”《Alberth》 Vejo o céu escuro devido à chuva forte. Estamos no cemitério, o funeral de Edwards está acontecendo e os únicos presentes são seus funcionários, a babá de Valeria, ela, Jovanny e eu. Sinto-me mal por ela; vê-la chorar é extremamente triste. Jovanny se aproxima e a abraça, confortando sua dor.Penso na última coisa que Edwards me disse antes de morrer. Quem serão seus inimigos? Por que queriam matá-lo? Deixo esses pensamentos de lado ao ver uma senhora parada perto de uma árvore. Ela chora copiosamente, me pergunto quem será.—Alberth, acho que é melhor levar a menina para a mansão. Ela parece fraca. Acompanhe-a com a babá, enquanto eu fico até o fim —diz Jovanny.— Tudo bem, irmão — respondo.Aproximo-me da babá de Valeria e digo para ajudá-la a levá-la até o carro. A simpática senhora se aproxima da jovem, que resiste no início, mas depois aceita, chorando nos braços da babá.—Vamos — digo

AlberthReproduzia na minha cabeça, uma e outra vez, o vídeo que meu amigo me deixou. Era algo surpreendente; o irmão dele era perigoso e os cunhados fariam de tudo para internar a filha dele em um hospital para jovens com problemas de dependência química. Sua única saída era casar comigo. Ou seja, eu tinha que ser o herói. Que coisa, não é? Uma jovem com problemas depressivos, uns tios loucos e um tio que quase abusou dela. Quando ele quis processar, não adiantou nada porque não havia provas. Eu estou prestes a enlouquecer com algo que não faço ideia de como resolver. Tenho que me casar porque devo um favor: quando estive prestes a morrer naquele rio, ele me salvou. Naquela época eu tinha apenas 12 anos e prometi que pagaria de qualquer forma. Foi um suicídio que eu mesmo provoquei. Que loucura. Preciso saber o que vou fazer. Embora pudesse me casar com um contrato que dure cinco anos e depois nos divorciamos. Explico para minha namorada e Valeria, quando completar vinte e cinco anos

Caramba, agora estou em apuros. Como é possível que Joselyn já tenha voltado? Penso sem conseguir articular uma palavra.— Amor, você está aí? — perguntou Joselyn ao telefone.—Sim, estou aqui. Bem, vou te ver no Penthouse —respondi.—Não, vou avisar, eu... vim para a casa de umas amigas. Quando estiver em casa, eu te mando uma mensagem.Franzi a testa, duvidoso.—Você veio para ficar ou vai voltar para Miami?—Vamos conversar quando nos encontrarmos, tá bom?—Sim, na verdade, preciso conversar com você sobre um assunto...— Amor, falo com você depois, tchau.Não tive tempo de terminar de falar e ela já tinha desligado. Suspirei, resignado; era normal Joselyn ser tão impaciente.Disquei o número de Jovanny enquanto saía do hospital.—E aí, mano —respondeu Jovanny.—Jovanny, Joselyn voltou e não tenho ideia de como falar com ela sobre meu casamento sem amor.Jovanny soltou uma risada.— Por que diabos você está rindo da minha situação?— Calma, cara. É que sua situação é complicada. Se

“Entre o tumulto dos meus pensamentos, anseio encontrar a paz que minha alma tanto precisa.”Alberth Estacionei meu carro na entrada da mansão. Ao nos ver chegar, os guardas se aproximaram para ajudar. Desci com Valeria nos braços e a levei para dentro da casa. Martha e os outros empregados se apressaram em descer para cuidar da bagagem.Minha tia Gloria, ao nos ver entrar, não conseguiu esconder sua surpresa. Com Valeria nos braços, subi as escadas até seu novo quarto e a depositei suavemente na cama.— Espero que você se sinta confortável, qualquer coisa que precisar, não hesite em me chamar — disse eu, enquanto Valeria olhava para o jardim. — Tenho que ir.— Obrigada, espero não lhe dar muitos problemas — disse ela, e eu esperava o mesmo.—Tente não me dar dores de cabeça. Quando você se sentir recuperada, precisamos ver os preparativos para o casamento.—Você acha que um casamento resolverá tudo? Meu pai não estava em seu perfeito juízo quando gravou aqueles vídeos.— Pode resolv

Alberth Saí correndo da minha mansão, ainda surpreso com o que tinha visto. “O que foi isso?”, eu me perguntava repetidamente. Eu a vi nua e fiquei nervoso. Ela é uma jovem de apenas dezessete anos, embora em breve completará dezoito. Mas, para mim, ela ainda é uma criança. Enquanto dirijo para a empresa, continuo pensando no meu casamento, que acontecerá na primeira semana do mês que vem, e ainda não consigo acreditar. Por outro lado, Joselyn continua chateada porque eu nem respondo suas ligações. Deixei uma mensagem para ela pela manhã, mas ela ainda não está online. Eu deveria ir ao seu apartamento, mas não me atrevo; não sou desse tipo. Melhor deixar tudo como está até que as coisas se acalmem.Chego à empresa e começo a reunião com os acionistas e congressistas das diferentes empresas com as quais estamos em fusão. Em breve, tirarei férias, o que será ótimo; estou estressado. Ser dono de uma empresa e de várias clínicas privadas não é nada bom. É cansativo e chato, embora eu ado