(Ponto de Vista de Aria)
Eu precisava pegar Suzanne em flagrante. Afinal, ela vinha negligenciando o trabalho e, mesmo assim, tinha a audácia de aspirar ao cargo de gerente geral. Estar na empresa há anos não era motivo suficiente para merecer uma promoção. E eu faria questão de que sua falta de comprometimento não passasse despercebida.
Ficava evidente que ela tinha escutado tudo naquele dia e, além disso, tirado conclusões precipitadas. Como se não bastasse, parecia que distorcera o que ouviu, de modo que transformou aquilo em uma narrativa doentia. Por onde passava, agia como se estivesse em uma missão para destruir minha reputação.
A sua inveja era palpável, e a consumia a ponto de inventar mentiras sem pestanejar.
Assim que me aproximei do clube executivo, ouvi a voz de Suzanne falando sobre mim:
— Era para eu ter conseguido aquele cargo, mas aí apareceu a amante do CEO para roubá-lo de mim.
Com a voz carregada de amargura, ela parecia patética, tomada pela inveja e pelo ressentim