Sarah
Chego ao meu apartamento e paro em frente minha porta sentindo o olhar do Philip sobre os meus ombros.
— Quer entrar? — pergunto segurando o choro.
— Sim — ele fala.
Entramos juntos e tiro os sapatos, bolsa e todas as peças adicionais a roupa, como o casaco que usava.
— Desculpa pelo que aconteceu, não deveria ter deixado me envolver tanto, perdi o controle da situação.
— Não tem o que se desculpar, eu vi como sua família te desgasta, nunca tinha visto essa Sarah, nem quando brigava comigo no trabalho — ele diz e solto uma risada fraca. — Ah — ele diz sorrindo. — Um sorriso, é alguma coisa.
Philip sempre tentava me alegrar, até quando me irritava me fazia rir, odiava perder a pose perto dele, mas era inevitável. Como alguém consegue te fazer sentir tão bem, só por existir?
— Quer conversar? — ele pergunta e eu nego com a cabeça, não falo pois sei que minha voz estava embargada.
As lágrimas que tanto segurei teimavam em cair, olho para baixo na intenção de me