Elena é uma jornalista investigativa dedicada e altruísta, e agora ela tem a tarefa de se infiltrar em uma sociedade secreta cujos membros são bilionários de alto escalão. No entanto, tudo dá terrivelmente errado, e agora ela só tem uma opção: aceitar o contrato abusivo e injusto que Evan e James, os líderes da sociedade, impõem a ela. Isso, é claro, se ela quiser continuar viva...
Leer másA música ao redor é inebriante.
Luzes coloridas dançam no teto e no chão, espalhando-se pelas paredes e pelos corpos dançantes das pessoas presentes. Homens e mulheres, trajados de forma luxuosa e voluptuosa, enchem o ambiente.
Elena, fazendo o melhor que pode para passar despercebida, não consegue evitar encarar minuciosamente cada detalhe do lugar.
Naquele mesmo dia, ela tinha sido incumbida de cobrir o que poderia ser o maior furo de reportagem de sua vida; a notícia que mudaria radicalmente sua carreira e finalmente a deixaria sob os tão sonhados holofotes do jornalismo.
Os sapatos de salto alto apertavam seus pés; as jóias no pescoço e os brincos desnecessariamente ostensivos incomodavam terrivelmente a pele sensível de suas orelhas, mas ela não tinha mais nada a perder.
Seu triunfo estava inegavelmente próximo.
Ainda andando a passos lentos, contemplando a visão esplêndida que aquele lugar lhe mostrava, Elena notou que muitos dos corredores estavam escuros. Prestando mais atenção, alguns deles levavam a quartos; cômodos estritamente sigilosos.
Ela tentou, mas não conseguiu deter o sorriso que se desenhava em seu rosto.
Afinal, ela estava no covil dos lobos. Algumas fotos, gravações em áudio e vídeos fariam aquele paraíso secreto ruir - e é claro, trazer o sucesso que ela tanto almejava.
Ela estava tão distraída que não percebeu quando uma mulher alta, loira, de olhos esplendorosamente verdes e lábios carnudos pintados de carmim parou bem na sua frente.
“Ei, você.”
Elena encarou a moça da melhor maneira que conseguiu, engolindo em seco.
“Sim? Posso ajudar?”
“Nunca vi você por aqui.” A loura j**a o cabelo para o lado e ergueu uma sobrancelha. “Nova no clube?”
“Sim”, Elena responde baixinho.
“Eu amei seu cabelo.”
O elogio pega a jornalista completamente de surpresa.
“É mesmo?”
“Evidente. É de uma cor castanha tão bonita…”
A mulher dá um passo à frente e cochicha no ouvido de Elena:
“A propósito, meu nome é Valentina.”
"Obrigada, Valentina. Meu nome é Elena."
Valentina inclinou levemente a cabeça, como se estivesse analisando Elena mais profundamente.
"Elena... um nome interessante. Bem, seja bem-vinda ao nosso clube seleto. Tenho certeza de que você encontrará muitas coisas fascinantes aqui."
Elena concordou, mantendo-se cuidadosamente discreta sobre sua real motivação para estar ali.
"Sim, parece ser um lugar bastante… exclusivo."
Valentina sorriu de maneira enigmática e, a passos cadenciados, começou a rodear a mulher até segurar suavemente em seus ombros. Um arrepio passou pelos braços da jornalista.
"Nossos membros têm gostos muito particulares, você sabe. Eles apreciam as coisas boas da vida e valorizam a privacidade."
Elena assentiu, tentando parecer o mais convincente possível.
"Entendo. E, você é uma das organizadoras do evento?"
Valentina riu, um som suave e hipnotizante.
"Digamos que tenho minha influência aqui dentro."
“Entendo.”
“Elena, me diga, apenas para satisfazer minha curiosidade… Você disse que é a sua primeira vez aqui, não é? Quem é seu patrocinador?”
O coração de Elena acelerou dentro do peito.
Como assim, patrocinador? Ali dentro também aconteciam negócios? Não era apenas uma festa com gostos muito peculiares e atividades extravagantes?
Antes que ela pudesse usar seu álibi e o convite falso que estava dentro de sua bolsa, um homem de belos olhos azuis e cabelos lisos cor de mel na altura dos ombros interrompeu a conversa das duas.
"Está tudo bem por aqui?"
Valentina respondeu com calma:
"Está tudo bem, querido. Apenas estou conhecendo nossa nova convidada."
O homem olhou para Elena de cima a baixo.
“Espero que Valentina não esteja incomodando”, ele comenta e pisca um dos olhos, sedutor.
A jornalista apenas sorri e faz um pequeno sinal negativo com a cabeça. A loura ri e completa:
“Ela ainda está tímida. Precisamos fazê-la perder essa vergonha.”
Simultaneamente, um outro homem surge. Ao contrário do primeiro, esse é bem mais sério e não parece desperdiçar sorrisos à toa. Seus olhos e cabelos são escuros, o nariz levemente adunco e as sobrancelhas grossas. Seu queixo se ergue quase imperceptivelmente quando encara Elena.
“Um novo membro?”
“Sim”, responde Valentina.
“Quem é seu patrocinador?”
Mais uma vez, aquela pergunta m*****a. Tentando ao máximo parecer confiante, Elena começa a revirar todos os nomes dos bilionários mais influentes dos últimos meses; quem encabeçava a lista dos mais ricos e populares.
“Stuart Álvarez”, ela diz, suavemente e evitando contato visual. Suas mãos estavam frias por causa do suor.
“Álvarez?”, pergunta o homem de cabelos negros. “Inacreditável.”
“Deve ser a terceira deste mês”, comenta o de cabelos castanhos.
“Um sedutor é um sedutor”, completa Valentina. “Ele tem exclusividade sobre você? Ou é um contrato semiaberto?”
Elena não estava entendendo uma única palavra do que estava sendo dito, mas resolveu improvisar da melhor maneira que podia.
"Sim, Stuart Álvarez me patrocina exclusivamente", respondeu Elena, lutando para manter uma expressão confiante.
Os dois homens trocaram olhares significativos, enquanto Valentina parecia intrigada com a resposta.
Tensa, a mulher esperou pacientemente pelas próximas palavras das pessoas à sua frente, embora por dentro quisesse sair correndo e abortar a missão.
"Interessante", disse o homem de cabelos negros, inclinando a cabeça levemente para o lado. "Parece que temos uma convidada especial esta noite."
Elena tentou disfarçar a confusão, embora sua mente estivesse a mil. Será que aquilo seria o suficiente para que a deixassem em paz? Ou os olhos dois dois bilionários e sua fiel escudeira iriam acompanhá-la pelo resto da noite?
"Venha, vamos te mostrar um pouco mais do nosso clube", disse o homem de cabelos castanhos, oferecendo o braço para Elena. "Tenho certeza de que você ficará encantada com o que temos a oferecer."
Se Elena pudesse, comemoraria com um soquinho no ar. O gravador dentro da bolsa já tinha detectado bastante coisa; o que será que ela descobriria mais à frente?
Logo, os quatro caminhavam pelos corredores sinuosos e escuros. Quanto mais eles andavam, mais Elena tinha a impressão de que estavam bem longe da área principal. O som da música foi ficando cada vez mais distante, até se transformar num simples ruído de fundo.
Ao chegarem numa porta vermelha com os dizeres “Entrada Restrita”, Valentina deu um passo à frente e a abriu, revelando um quarto escuro.
Antes que Elena pudesse falar qualquer coisa, ela se viu sendo atirada ao chão duro do cômodo, caindo com força.
Evan e James estavam em uma sala escura e repleta de tecnologia avançada, seus rostos iluminados apenas pelo brilho das telas dos computadores. A tensão no ambiente era palpável, e ambos estavam claramente nervosos com a situação que se desenrolava."O rastreador diz que ela está no limiar da cidade," Evan murmurou, sua voz grave e cheia de preocupação. Seus dedos deslizavam rapidamente sobre o teclado, tentando rastrear o sinal.James estava ao seu lado, com o olhar fixo na tela e a mandíbula tensa. Ele se levantou e começou a andar de um lado para o outro, as mãos entrelaçadas atrás das costas."Por que não conseguimos encontrar mais informações sobre quem a pegou?" James perguntou, sua voz carregada de frustração. "Todas as câmeras estão offline e nada aponta para uma identidade clara.""É como se eles soubessem exatamente como se manter fora do radar," Evan respondeu, sua expressão concentrada. "Preciso descobrir onde exatamente ela está. Se eu conseguir um ponto de referência, po
...um refúgio inesperado em meio ao caos de sua vida. Os toques de Evan e James eram simultaneamente delicados e ardentes, cada carícia carregando um significado profundo. Era como se, por um momento, todas as suas preocupações e responsabilidades fossem deixadas de lado, permitindo-lhe ser apenas Elena.O quarto parecia envolver os três em um casulo de calor e intimidade. As luzes suaves lançavam sombras dançantes nas paredes, e o som do vinho sendo despejado nas taças misturava-se aos sussurros e risos suaves. Elena sentia-se envolta em um véu de segurança e desejo, algo que há muito não experimentava.Evan a puxou gentilmente para seu colo, continuando a beijá-la com uma paixão controlada, enquanto suas mãos exploravam a curva de suas costas. James, do outro lado, a mantinha perto, murmurando palavras de carinho em seu ouvido, seus lábios traçando um caminho de fogo por seu pescoço e ombros.Cada toque, cada beijo parecia dissipar um pouco mais da tensão que Elena carregava em seus
Uma semana havia se passado desde aquela noite. Silverbook seguia seu ritmo lento, mas para Elena, os dias tinham sido uma mistura de ansiedade e tensão. Ela havia visitado sua mãe diariamente no hospital, onde o tratamento finalmente estava em andamento. A cada visita, via a melhora gradual de sua mãe, mas também sentia o peso crescente do que havia feito para chegar até ali.Ela e Clara não se falaram mais desde então. Não que Elena realmente quisesse se reaproximar da irmã. Ela havia sido totalmente descortês e rude ao jogar toda a responsabilidade financeira em cima da jornalista, ainda mais ao dizer coisas tão vis como aquela.Batidas se fizeram ouvir na porta do quarto do hotel. Bufando, Elena respondeu que não queria serviço de quarto, mas houve insistência de quem quer que fosse."Já disse que não quero serviço de quarto", reclamou Elena novamente.A porta se abriu mesmo assim.Um belo homem de cabelos claros e olhos azuis adentrou o cômodo, vestindo roupas sociais sofitiscada
Ela olhou em volta, mas a praça estava deserta, apenas a brisa noturna balançando as folhas das árvores. Talvez fosse só paranoia, ou talvez realmente estivesse sendo vigiada. De qualquer forma, não podia se dar ao luxo de hesitar.Elena entrou no hotel e foi recebida por um recepcionista simpático que prontamente fez o check-in. Após pegar a chave do quarto, subiu pelo elevador antigo, que rangeu ao subir, até o terceiro andar. O quarto era pequeno, mas confortável, com uma janela que dava vista para a rua principal.Ela jogou a bolsa na poltrona e se jogou na cama, encarando o teto. As últimas horas haviam sido uma montanha-russa emocional, e agora ela precisava de um plano. Evan havia prometido cuidar das despesas do tratamento de sua mãe, mas o preço era alto demais.Pensou no documento que ele mencionara. Silverbook era uma cidade pequena, e isso significava que havia poucos lugares onde algo tão importante pudesse estar guardado. Suspeitava que precisaria se infiltrar em alguma
Silverbook era uma cidade linda.Bem diferente da que havia deixado para trás, pensou Elena, dentro do luxuoso carro de Evan. Era ele que ficaria de olho na mulher enquanto a mesma ficasse hospedada na casa de Clara.As ruas de Silverbook eram adornadas com árvores frondosas e flores coloridas que contrastavam vivamente com os edifícios de arquitetura antiga, mas bem conservada. O sol da manhã iluminava a cidade de uma maneira que parecia tirada de um cartão postal, e por um breve momento, Elena conseguiu esquecer a tensão e o medo que a acompanhavam desde sua última... conversa com Evan.O carro parou suavemente em frente a uma casa elegante e imponente, cercada por um jardim bem cuidado."Você não mencionou que sua irmã morava numa casa tão bela", comentou o Lobo, a primeira frase que havia dito durante a viagem inteira."Eu não sabia. Mas provavelmente conseguiu porque algum homem rico bancou ela", respondeu a mulher, olhando para ele. "E porque você não deixou que ela mesmo me tro
O coração de Elena parou por um instante, e seu estômago revirou. Ela olhou para Evan, esperando que ele estivesse brincando, mas o olhar impassível e frio no rosto dele deixava claro que não havia espaço para dúvidas ou questionamentos. Cada fibra do seu ser gritava para que ela se rebelasse, para que lutasse contra aquela humilhação, mas sabia que não havia saída. Não naquela situação.Com mãos trêmulas, ela começou a desabotoar a camisa, os olhos fixos no chão. A tensão no ambiente era palpável, e a respiração dela parecia ecoar em seus próprios ouvidos.Evan permaneceu em silêncio, observando-a como um predador prestes a atacar. Cada movimento dela era analisado com precisão cirúrgica, cada hesitação anotada mentalmente.Elena tirou a camisa e começou a desabotoar as calças, sentindo-se despida de qualquer dignidade, não apenas fisicamente, mas emocionalmente também. Era como se estivesse despindo todas as suas defesas, todas as suas resistências, e se entregando completamente ao
Último capítulo