117. CHEGANDO À VERDADE
KAELA:
Olhei para Nina, sem saber se deveria confiar nela ou não. Fiz um sinal para que me acompanhasse ao interior da caverna. Ela me seguiu com a cabeça baixa; de vez em quando me olhava com incredulidade, mas podia notar que queria me dizer algo e não se atrevia.
—Sente-se —pedi ao chegar à câmara interior—. Agora me conte tudo desde que nos separamos. Nina, posso saber se você está mentindo, então não o faça.
Nina sentou-se lentamente na fria rocha, acomodando-se como se o peso das minhas palavras fosse mais pesado que o ambiente que nos cercava. Suas mãos tremiam, e seu olhar evitou o meu durante alguns segundos antes que finalmente falasse.
—Minha Lua… —começou suavemente, como se cada palavra lhe doesse—. Desde que te encontrei no palácio, era tudo um plano. Não queria te dizer isso para que você não achasse que eu era uma traidora.
Franzi a testa, com as mãos descansando sobre meu colo, mas os dedos começaram a se fechar com ansiedade.
—Fale claramente, Nina. O que v