John, que aos meus olhos era o cara perfeito, carinhoso e atencioso, agora parece distante, como um príncipe encantado que não passou de uma ilusão. Eu tinha colocado tantas expectativas nele, e a verdade dói mais do que eu imaginava.
Depois de alguns minutos, ainda choro deitada na maca da enfermaria, enrolada em uma coberta fofa que me proporciona um conforto inesperado. O cheirinho dela me faz lembrar de casa, e isso traz uma pontinha de calma ao meu coração acelerado.
A enfermeira, percebendo minha fragilidade, tenta me distrair com palavras gentis.
— Às vezes, a pressão do colégio pode ser muito, não é? — ela diz, com uma voz suave e compreensiva.
Eu apenas respiro fundo, tentando colocar em ordem os pensamentos confusos que se agitam na minha mente.
— Sua mãe já está a caminho. Ela vai ficar com você — a enfermeira me informa, e essa promessa me dá um pouco mais de esperança.
A ideia de deitar no colo da minha mãe e sentir sua mão acariciando meu cabelo é um bálsamo para minha a