Profano
As cortinas balançava, como se o próprio inferno soprasse o vento. O lençol escorregou pelas pernas de Elena, revelando a pele úmida e quente do banho, a curva do quadril, o ventre já marcado pela gravidez e a beleza feroz da mulher que ela se tornara.
Rocco estava sentado à beira da cama, ainda nu, mas com o porte de um rei maldito. Os olhos verdes ardiam como brasas antigas, cravados nela como lâminas que não cortavam carne, mas alma.
“ Você me olha como se eu fosse pecado” ela provocou, voz arrastada, embriagada de desejo.
Ele sorriu com um canto da boca, os caninos insinuando-se levemente sob os lábios.
“ Você é mais do que isso. Você é o motivo da minha perdição.”
Elena ergueu uma perna devagar, encostando o pé entre as coxas dele. Ele não se moveu. Não ainda. Mas o olhar dele escureceu.
“ Vai ficar me olhando ou vai fazer algo com essa maldita fome que nunca some?” ela sussurrou.
Rocco avançou sobre ela como fumaça viva, mas sem brutalidade. Como uma tormenta que beija