Nomes
Depois do banho, o quarto parecia um santuário. O lençol negro como a noite envolvia os dois corpos agora deitados sobre a cama enorme, entre almofadas de seda e silêncios que diziam mais que palavras.
Rocco estava deitado de lado, apoiado em um cotovelo, os cabelos úmidos caindo levemente sobre os olhos. Elena estava aninhada de costas para ele, com o corpo envolto apenas por um lençol fino que não escondia as curvas nem a barriga já visivelmente arredondada.
Ele a observava como quem encara um milagre maldito. E então, lentamente, sua mão pálida deslizou até repousar sobre a barriga dela.
Os dedos frios traçaram um caminho lento, quase reverente, e por um instante, ele prendeu a respiração mesmo que não precisasse respirar.
“ Está crescendo rápido…” murmurou, como se falasse para si.
Elena sorriu, os olhos ainda fechados.
“ Eles têm sangue de vampiro, Rocco. O tempo não obedece às mesmas regras.”
Ele arqueou uma sobrancelha, os dedos ainda circulando com cuidado a pele delica