O Teste
Assim que saiu da biblioteca, ainda pálida e com a testa úmida de suor, Susy caminhou pela rua, como se o chão tremesse. A tontura passava, mas o medo só aumentava.
De repente, ela parou ao avistar uma mulher de aparência simples, empurrando uma bicicleta com um cesto de pães. Sem pensar duas vezes, Susy a abordou:
“ Moça... me faz um favor? Preciso que compre uma coisa para mim na farmácia... um teste de gravidez. Pago bem.”
A mulher a olhou de cima a baixo, desconfiada. Susy tirou uma nota amassada da bolsa e estendeu:
“ Dez. Vai dar, né?”
A mulher segurou o dinheiro, arqueando uma sobrancelha.
“ Qual é, patricinha... acha que sou idiota?” retrucou com uma risada debochada.
Susy revirou os olhos, impaciente. Enfiou a mão na bolsa outra vez e puxou uma nota de: cem dólares.
A mulher arregalou os olhos.
“ Agora sim! Já volto, madame dos pecados”.
Minutos depois, a mulher retornou com o pacote discreto escondido num saco de pão. Susy pegou, agradeceu com frieza e saiu apressada