Minha filhinha
As luzes do festival tingiam a cidade com tons dourados e avermelhados. Tendas coloridas balançavam ao vento, o cheiro de vinho quente, especiarias e doces açucarados flutuava no ar. Risos, tambores, danças, tudo parecia vibrar com vida… exceto Elvira.
Ela caminhava entre os corpos e sorrisos como uma sombra que não pertencia àquele lugar. Os olhos escuros varriam a multidão com pressa, até que os avistou: Beth estava perto de uma barraca de tapeçarias, sorrindo com um copo em mãos, rodeada de três mulheres mais velhas. Um raro momento de leveza para uma bruxa que há anos carregava luto no olhar.
Elvira aproximou-se como um furacão calmo.
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