Fazenda dos Holloway manhã seguinte à reunião na prefeitura

Bill estava sentado em sua velha cadeira de balanço na varanda da fazenda, onde o sol matinal esbarrava sem ousar tocar seu corpo por completo.

O inseparável chapéu de couro desbotado estava empoleirado sobre sua cabeça como sempre, mas agora, mais do que nunca, parecia uma proteção entre ele e o mundo. Mascava fumo com a mandíbula tensa, o som úmido do fumo sendo amassado contrastando com o balançar preguiçoso da cadeira.

Mas nada nele era preguiçoso.

Seus olhos semicerrados, antes apenas cansados pela idade, agora viam além. O carro do delegado Peter nem havia passado pela cerca principal e ele já sabia.

O cheiro do óleo quente, o metal do revólver no porta-luvas, o suor nervoso na nuca do homem atrás do volante. Bill sentia tudo isso. O cheiro do mundo tinha mudado desde a noite em que fora mordido. Seu mundo também.

Ele cuspiu com precisão cirúrgica dentro do balde de metal ao lado da cadeira. O som seco do cuspe ecoou