O ódio era nítido no rosto dela — e, sinceramente, eu adorava. Aquele ódio só confirmava o que eu já sabia: Nick era a ferida aberta que ela nunca conseguiu curar.
— Eu preciso de você. Agora. — ele sussurrou no meu ouvido, os lábios roçando minha pele, enquanto beijava meus ombros. Mas então parou e me encarou com um brilho estranho nos olhos.
— Tive uma ideia.
Saiu de cima de mim e pediu que eu esperasse. Assenti, curiosa, e direcionei meu olhar para a mulher que um dia se passou por mãe.
— Era ele, não era? Ele estava no seu quarto, sua... piranha! — ela disparou, furiosa.
Sorri.
— Qual parte de “eu transei com ele do seu lado” você não entendeu, querida? O seu quarto é colado ao meu. A camisinha? Foi ele quem usou. E sim, me senti culpada — por um momento. Mas isso não me impediu de continuar. Uma coisa não anula a outra, titia. E, convenhamos, “piranha” hoje em dia já virou elogio.
— Como você pôde? Logo com ele? Havia tantos outros...
— A senhora facilitou — falei, com um sorris