Capítulo XXIV

— E então como seu pai está hoje? — Marcos puxou conversa, o que era bom e ruim ao mesmo tempo.

Sua voz tão próxima a mim e misturada ao seu perfume dentro do carro, não estava me ajudando a me manter focada, mas falar do meu pai colocaria minha mente em um caminho menos caliente.

Conversamos sobre coisas aleatórias por tanto tempo que eu não reparei o que ele estava fazendo, foi então que comecei a notar a estrada a nossa volta.

Marcos tinha me distraído com papo furado para me levar até a cidade vizinha, já havíamos saído de São Fernando há um bom tempo.

— Seu trapaceiro! — gritei chocada. Pedro tinha razão afinal, ele estava me enrolando. — O que está pensando Marcos? Você não pode perder outro dia de trabalho por minha causa!

Ele ficou calado por um tempo que pareceu durar uma eternidade e então explodiu em uma gargalhada.

Não havia nada de engraçado em estar presa com ele o dia inteiro, seria uma tortura, como andar no calor do deserto, com uma fonte de água ao seu lado.

— Você a
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