Capítulo 14 - Minha cama.

Marina Salles

18h45

Eu estava entrando no banheiro, ainda com a cabeça girando como se tivesse tomado cinco caipirinhas de uma vez. Não pelas bebidas — infelizmente — mas pela ideia insana de ter aceitado sair com Dante.

Dante, o italiano misterioso que, por algum motivo obscuro e absolutamente irracional, eu autorizei a me buscar no hotel.

"Você é idiota, Marina? E se ele for um psicopata? Um serial killer? Um mafioso com fetiche em brasileiras?"

Minha mente de advogada estava gritando. Instinto de sobrevivência gritando. E mesmo assim... lá estava eu, já pelada no chuveiro, pensando em qual calcinha usar.

As vozes da Fernanda e da Alicia ainda ecoavam no meu cérebro — elas quase infartaram quando contei sobre o ‘encontro’ no almoço. E, óbvio, não teve outra pauta na mesa. Elas criaram todo um plano de guerra: look, maquiagem, perfume, lugares possíveis e — sim — até se eu deveria usar ou não calcinha. Elas foram longe demais. E eu ri, porque no fundo, eu também estava indo.

Mas no m
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