Erick Peterson
Arrumo Daryl em meu colo para dar a sopa dele. Escolhi fugir um pouco do trabalho e a casa de Alana foi o meu refúgio da vez. Valentina me entrega o pano para limpar a boca do seu irmão.
— Obrigada. — Agradecia a ela.
A menina é linda, sorrindo, ela volta correndo para cozinha. Me sinto estranho em conversar ou até mesmo estar perto, lembro que não sentiu medo quando a coloquei no carro para levá-la de volta ao seu pai. Era como se me conhecesse e sempre estive no seu convívio.
Agora que sou, me sinto mais culpado pelas escolhas do passado.
Alana no sofá, dobrando as pernas e abrando o braço no encosto. Daryl é obediente e quando o assunto é comida fica bem concentrado, nem tudo são flores, Diogo pode sofrer com as risadas e olhares julgadores. O loiro só não sabe que ele não é o único, eu mesmo não escapo.
— É muito bom te ver aqui.
A olho, erguendo uma sobrancelha.
— Você não vai me visitar.
Ela manda língua.
— Não vou entrar naquela casa, sem chance.
E não a culpo.