A tarde seguia tranquila e cheia de afeto quando, de repente, ouvimos passos firmes no corredor. Não precisei nem levantar os olhos para saber quem era. Minha mãe entrou na sala com aquele ar determinado e acolhedor de sempre, carregando um pano de prato nos ombros e um sorriso no rosto.
— Olha só quem apareceu por aqui! — exclamou, abrindo os braços ao ver Rafaela.
Rafa se levantou do tapete, onde ajudava Nandinho a colorir, e correu para abraçá-la com carinho.
— Tia Fátima! Que saudade!
— Vem cá, menina linda! — disse minha mãe, apertando Rafaela com força. — Como você está?
Rafa suspirou e se afastou um pouco, fazendo careta:
— Ah, levando, né? A vida sentimental está um fiasco, pra variar.
Dona Fátima riu alto e deu um tapinha no ombro dela.
— Então junte-se ao time, minha filha! — apontou para Bea, Murilo e para mim. — Esses três têm doutorado em desastre amoroso!
Meus amigos caíram na gargalhada, e eu acompanhei, sacudindo a cabeça.
— Nós temos apenas pós-graduação, já a Analu t