No dia seguinte, acordamos no chão, com uma baita dor de cabeça. Assim que nós três levantamos, minha mãe entregou para nós xícaras.
— Tomem isso, está bem forte e vai curar a ressaca. — Minha mãe sorriu para nós. — O que eu faço com vocês, minhas crianças na sarjeta?
— Só nos abraça, tia. — Bea disse, e minha mãe nos deu um abraço coletivo.
Meu irmão surgiu na minha casa, viu aquela cena e ficou nos encarando.
— O que houve com esses três?
— Estão sofrendo por amor... ou falta dele.
— Então vou me juntar a vocês, pois a menina que pensei em pedir em namoro e apresentar à família me trocou por um cara com mais dinheiro. Ela disse que meus óculos e meu estilo são cafonas e que está cansada de me ver como nerd.
Senti pena do meu irmão. Ele contava com ressentimento na voz.
— Será que meus dois filhos estão fadados a sofrer? — Minha mãe disse, chamando Gabriel para um abraço.
— Gabby, quem perdeu foi ela. Você é lindo, estudioso, tem um ótimo trabalho e ainda vai crescer muito na vida. E