Capítulo 116
O relógio na parede fazia um tique-taque quase imperceptível, mas em minha cabeça era como um tambor ruidoso que batia no ritmo da minha ansiedade. Sentada naquele banco frio de corredor, com as mãos entrelaçadas no colo e os olhos fixos na porta da UTI pediátrica, eu me sentia mais uma vez uma mãe frágil, impotente diante da dor do meu filho.

A madrugada estava longa. Já era a terceira vez que olhava pela janela e via o céu ainda escuro, sem nem sinal da aurora. Nem um fiapo de luz. Parecia que o mundo inteiro havia entrado em pausa – e eu, congelada no tempo, aguardava um milagre.

Respirei fundo e fechei os olhos, tentando reprimir as lágrimas que insistiam em cair. As lembranças começaram a me invadir como se fossem cenas de um filme. A primeira vez que ouvi o choro do Nando, ainda na sala de parto... ele veio ao mundo com uma força que me fez entender, no mesmo instante, que minha vida tinha ganhado um novo sentido. Ele era tão pequeno, tão indefeso e, ao mesmo tempo, tão dono
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