Saímos de casa e entramos no carro de David.
Ele guardou as bagagens no porta-malas e prendeu Charlie no cinto, voltando para se sentar ao meu lado.
Eu acompanhei com os olhos e respirei fundo.
—Me diz, para que me mandou pegar tanta roupa? – Perguntei em um cochicho.
Ele sorriu.
—Advinha? – Respondeu ele me olhando e em seguida, seus olhos foram para Charlie pelo retrovisor interno. —Nosso plano ainda está de pé, princesinha?
—Sim, papai! – Respondeu ela, fazendo um “joia” com os dedos.
—Charlie...- Falei baixo a repreendendo. —Não o chame assim. É tio.
—Mas eu quero que ele seja meu papai. Ele é melhor do que aquele que só ficava brigando com a senhora, mamãe.
Quando ela falou, fui pega de surpresa.
—Filha, shhhh! – Falei colocando o dedo indicador nos lábios a pedindo silêncio e então, voltei a me virar para frente.
—As crianças nunca mentem! – Disse David, me olhando. —Pare de a limitar. Ela já tem seus próprios pensamentos sobre as coisas.
—Esse é meu medo. – Respondi baixo, solt