Tudo era escuro, confuso.
O barulho insistente de um monitor, me despertou.
Abri meus olhos lentamente, tentando me lembrar de onde eu estava e então, senti um peso na minha mão.
Assim que me virei para olhar, vi David adormecido, com a cabeça apoiada na maca onde eu estava deitada.
Não precisei fazer muito; mexi minha mão de leve já o ouvindo puxar o ar entre os dentes, despertando.
—Como está se sentindo? – Perguntou ele, me olhando com preocupação.
—Minha cabeça dói. Ainda sinto náuseas e o cheiro... – Ele me interrompeu.
—Eu sinto muito pelo que passou, mas tente esquecer. Ou só irá piorar o seu estado. – Disse ele, acariciando meus cabelos. —Espero que não se importe, mas tivemos que te dar um banho e trocar a sua roupa.
—Tivemos? – Perguntei, me mostrando confusa.
—Ah, eu estou aqui como seu suposto namorado. Se não, como eu poderia te vigiar de perto? – Disse ele como se fosse algo simples.
No rosto de David, um leve traço surgia no canto de seus lábios.
—Ah, que grande sacrifí