Por um instante, o silêncio voltou, mas a dúvida queimava dentro de mim. E antes que eu tocasse o puxador da porta, parei no lugar.

—David... — chamei baixinho. —Como você me achou essa noite?

Ele arqueou um sorriso de canto, carregado de mistério.

—Se eu te disser que foi o destino... você acredita?

Revirei os olhos, fingindo irritação, mas por dentro a resposta dele mexia comigo mais do que eu gostaria.

—David, eu estou falando sério.

Ele ergueu as sobrancelhas, mantendo aquele tom provocativo.

—E eu também. Mas já que insiste... Eu fui convidado para jantar com meu padrinho. Assim que cheguei, eu ia te procurar e ele me ligou dizendo que tinha passado mal.

Ele respirou fundo, dando espaço para juntar as palavras.

—Assim que cheguei lá te vi na porta. – Disse ele soltando um riso sem humor. —Eu nem entrei para vê-lo.

Minha respiração falhou e a surpresa me fez congelar no lugar.

—O quê? Você estava lá... para ver o senhor Grayson? – Perguntei sentindo um choque percorrer minha ment