Encarei o papel na minha mão, sentindo minha garganta se fechar e o ar me faltar.
Eu levantei os olhos para ele e puxei o ar para os meus pulmões, com firmeza.
—Thomas...Você não tinha esse direito. – Falei, segurando firme o papel com a ponta dos dedos.
—Eu só queria a minha família, Ellie. Desde o começo eu deixo claro o tanto que você significa para mim. Você e sua filha.
Aquelas palavras me deixaram irritada. Ele repetia muito “a sua filha”, para alguém que acabara de comprovar os laços sanguíneos.
Eu olhei para o lado e mordi os lábios, tentando controlar aquele sentimento de desgosto.
—Quando você fez isso? – Perguntei voltando a o encarar.
—Já tem umas semanas. Vamos Ellie, já estava na hora de alguém aparecer para a menina. Ela precisa de uma figura paterna para a criar.
Soltei um riso.
—Como é? – Perguntei incrédula do que eu ouvia e então, dei um passo até ele, colando o papel em seu peito. —Eu nunca te pedi nada. Nem a você nem a ninguém.
—Eu sei Ellie...- Disse ele, mas nã