A guerra já iniciou.
O silêncio que surgiu a seguir, incomodou mais do que tudo.
Os acionistas se entreolharam, incertos se deviam aplaudir minha ousadia ou me expulsar da sala. – Dava para ver a raiva em cada olhar direcionado a mim.
Amanda sorriu. De uma forma fria, mas poucos perceberam.
Ela então, cruzou as pernas devagar e apoiou as mãos no braço da cadeira, como se fosse dona do lugar.
— Você tem coragem, eu admito! — disse, finalmente. — Mas essa ousadia não te faz dona de nada, Ellie.
— E quem disse que preciso só de coragem? — retruquei, mantendo o olhar firme. —Eu tenho a autorização legal do senhor Grayson, para ocupar essa cadeira na ausência de David. E também, sou a mãe da única herdeira do maior acionista.
Ela se inclinou para frente, olhando ao redor da mesa.
— Senhoras e senhores, é disso que eu estou falando. — A voz dela ecoou pela sala, melodiosa, cínica. — De uma mulher desequilibrada, disposta a se aproveitar da ausência do meu noivo para tomar o que é dele.
Os murmúrios começaram.
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