Como você reagiria ao saber que seu namorado, na verdade, é seu chefe. Ou melhor dizendo, ele é o CEO, dono da empresa. Para uma mulher destrambelhada como eu nem conseguiria sonhar com essa possibilidade, pois aconteceu. Agora como manter minha vida comum estando casado com o CEO?
Ler mais– Kelly, não esquece de entregar esses papéis para Débora. - Lya diz deixando alguns papéis em cima da minha mesa.
– Pode deixar.
Eu continuo digitando no meu computador, preciso entregar esse documento ainda hoje. Será que vou ter que ficar até depois do horário? Não queria passar do horário hoje. Tem uma pequena comemoração de aniversário da minha amiga hoje em um bar aqui perto.
– Kelly! - Eu olho para Lya assustada. - Estou falando sério. Você não pode esquecer se entregar esses papéis para Débora.
– Lya não se preocupa. Eu não vou esquecer.
Ela me olhou e suspirou.
– Espero mesmo que não. - Ela diz e sai.
Eu volto para meu documento. Uma hora e meia depois eu finalmentei terminei esse maldito documento. Eu faço uma revisão rápida, preciso correr. Envio o documento para Jonas e às pressas começo a guarda minha coisas. Já estou atrasada. Ainda bem que o bar é aqui perto.
Documento enviado! Pego minha bolsa e saio dali.
Por que esse elevador demora tanto para descer? Bato com meu pé no chão impacientemente. Assim que finalmente as portas se abrem eu corro para o lado de fora. Seguro minha bolsa com força e começo a passar na mente como o meu dia. Eu acho que estou esquecendo de alguma coisa.
Mas o que? Cumprimento o senhor na portaria e sigo para entrada. Aperto meus passos. Não queria estar atrasada, mas quem manda eu ser lerda no trabalho e na vida. Eu preciso ser mais rápida, prestar mais atenção nas coisas. Dou dois passos para trás assim que bati contra uma pessoa.
– Olha por onde anda?! - Uma voz grave diz.
Nossa que corpo duro. Passo a mão no rosto e olho para o dono da voz. Arregalo os olhos vendo o homem na minha frente. Uau, que moço lindo. Ele é alto, sua pele em um tom de marrom oliva. Ele gosta de gel, seu cabelo está perfeito em lugar nenhum fiozinho fora do lugar. Ele também tem um rosto sério, muito sério por sinal e está me olhando com um olhar mortal. Engulo em seco.
Ele é lindo, mas dá medo.
– Desculpa. - Eu falo bem rápido e me encolho com seu olhar.
– Sem estresse, Eduardo. - Um homem que está do seu lado coloca a mão em seu ombro. Ele é tão lindo quanto o homem que eu esbarrei. - Hoje é seu aniversário. Sem estresse. - Ele rir. - Eu vou indo já que você não quer comemorar.
O homem me cumprimenta com a cabeça e um leve sorriso no rosto. Eu sorri para ele, dou um tchauzinho vendo ele se afastar. Olho para o homem que eu esbarrei, o Eduardo.
– Eu amo aniversários! Adoro festa de aniversário. - Começo a falar. - É um dia especial para a pessoa saber. Temos que passar com pessoas que gostamos e…
– Eu te perguntei alguma coisa? - Eduardo diz rude.
Seguro minha bolsa com força. Repetindo: Ele é lindo, mas dá medo.
– Desculpa.
Ele suspirou, irritado. Eduardo ajeita o terno no corpo.
– Na próxima vez preste mais atenção.
Concordo com a cabeça rapidamente. Eduardo começou a andar pronto para sair dali.
– Por que você não quer comemorar seu aniversário?
A minha curiosidade foi maior. Ele já tinha dado alguns passos para longe de mim. Eduardo parou e se virou para me olhar, erguendo uma sobrancelha.
– Eu por acaso te devo satisfações?
Olho para ele com raiva. Que mal educado!
– Aposto que ninguém quer passar seu dia com você, porque você é um chato arrogante. Não sabe responder sem atacar alguém? - Não abaixei a cabeça com seu olhar. Ele precisa aprender a ser mais educado. - Eu peço desculpa se não está em um bom dia, mas não pode tratar as pessoas assim. Hoje é seu aniversário, deveria ter um sorriso nesse seu rosto e não uma carranca que assustaria qualquer criança.
– E te importa se eu… - Ele desistiu da fala e pensou um pouco. - Eu acho melhor cada um seguir seu caminho.
É, pelo menos, ele se controlou para não ser tão grosseiro. Eduardo se vira pronto para ir embora.
– Vai mesmo passar o seu aniversário sozinho? – Insisti mais uma vez.
Por que estou insistindo tanto nesse assunto? O aniversário é dele. Eduardo faz o que quiser, mas tem que passar sozinho? Aniversários tem que ser legal e não triste e deprimente como ele é. Por que sinceramente dar para ver que esse homem é de mau humor puro. Será que teve uma infância infeliz? Eduardo me olha sem paciência e ao mesmo tempo intrigado.
– Sabe quem eu sou?
– O Eduardo? - Foi esse nome que o amigo dele disse, não foi?
Eduardo dá um pequeno sorriso, quase imperceptível. Viu ele pode sorrir.
– Qual o seu nome?
– Sou Kelly Moran e trabalho nessa empresa aqui. - Aponto para a empresa.
Seu sorriso aumenta.
– Você gosta de trabalhar aí?
– Ah, sabe como é, não é? O trabalho até que é bom. Eu não posso reclamar, mas as pessoas tem algumas que abusam do poder.
- Ah, é?
- Sim. - Dou de ombros. - Mas deixa para lá. É antiético falar dos amiguinhos do trabalho.
- Eu gostaria de saber mais. - Eduardo demonstra interesse no assunto.
Olho para ele confusa.
- Quer saber do meu trabalho?
- Sim. - Eduardo pensou um pouco como buscasse palavras melhores. - Hum, pode ser o meu presente de aniversário.
- De presente de aniversário você quer saber sobre meu trabalho?
Que homem estranho!
- Por que não? Não nos conhecemos mesmo. Então você pode falar e compartilhar comigo as coisas que estão acontecendo no seu trabalho.
Fico alguns segundos em silêncio. Que pedido estranho. Ouço meu celular apitar, quando eu olho era uma mensagem da minha amiga perguntando se eu ainda iria me encontrar com ela.
- Não me deixe passar meu aniversário sozinho. - Eduardo chama minha atenção e olha ao redor. - Não tem ninguém comigo.
Nossa ele é sozinho mesmo. Aposto que tinha umas dez pessoas em volta minha amiga agora, mas o Eduardo… Eu não posso deixar ele passar o aniversário sozinho. Aniversários são uma data especial. Eu sei que mal o conheço. Mas eu posso deixá-lo sozinho assim?
Ele não parece ser um maníaco que pode me matar a qualquer momento. Olho para Eduardo com mais atenção. Ele está com um terno em perfeito estado, tem uma postura perfeita. Acredito que ele tenha um cargo alto em alguma empresa. Parece ser uma boa pessoa além de terrivelmente arrogante.
- Você pensa demais… - Ele gesticulou com a mão a fim de saber meu nome.
Nossa ele já esqueceu?
- Kelly. Meu nome é Kelly.
- Kelly. - Ele fala meu nome pensativo e depois me olha com um pequeno sorriso no rosto. - Tem um bar aqui perto, Kelly. Podemos passar o resto do meu aniversário lá, o que acha?
A direção que ele apontou é oposta à direção de onde minha amiga está. Não posso deixá-lo sozinho. Mando uma mensagem para minha amiga avisando que não poderei ir, mas que depois explicaria o motivo. Olho para ele sorrindo.
- Vamos!
E no fim das contas acabamos parando em um hospital.– Pode ficar tranquilo. – A enfermeira me tranquilizou. – É mais normal do que você pensa.Olhei para Eduardo que dormia tranquilamente em uma cama de hospital. Eduardo desmaiou depois de raciocinar o que falei e, quando finalmente entendeu, desabou no chão. A equipe medica não demorou para chegar e viemos para o hospital. Eduardo poderia ter se machucado com a queda.– Obrigada. – Agradeci a enfermeira.Ela sorriu e saiu. Peguei o celular em meu bolso e sai do quarto. Tem uma pequena sala separado do quarto do paciente, assim dando mais privacidade. Sentei no sofá e leiguei para Lyah.– Ainda bem que você ligou. – Lyah diz assim que atendeu a ligação. – Gabriel quer que a gente passe um tempo na florida na casa de seus pais e você sabe muito bem que não me dou bem com a minha sogra…– Lyah, eu estou gravida. – Dessa vez vou direto ao assunto. Vai que Lyah reagisse igual com Eduardo.– Meu Deus! – Lyah gritou do outro lado. – Precis
A vida é uma montanha-russa. Os altos e baixos que surgem repentinamente ou às vezes já esperamos que possam acontecer, mas o momento que a gente passa é uma surpresa de alguma forma. Não sabemos o quão ruim pode ser ou quão bom pode acontecer.Meses atrás quase morri em um acidente de carro, bem havia muitas opções de morte ao lado de Edgar. Às vezes me cobro bastante e sinto-me chateada por não ter ouvido Lyah, quase perdi a minha amiga. É difícil deixar o passado para trás e não pensar no que poderia ter feito diferente. Edgar havia feito muitas vítimas e me pergunto quantas pessoas livramos com a sua morte.Não devemos tirar a vida de ninguém e às vezes ele já poderia ter sobrevivido e continuado, mas morrido de um jeito total inesperado como no filme “Um olhar no paraíso” Não superei esse filme até hoje. Tudo é na hora e na vontade de Deus. E não foi diferente.Respirei fundo, tão profundamente que chegou a ficar tonta. Sorri para o meu pai e ele aproveitou para beijar minha boche
– Tenho que te contar uma coisa. – Falei assim que o Eduardo entrou no quarto. Lyah não pediu que eu acordasse segredo sobre a sua gravidez. Vamos lá! É o Eduardo aqui na minha frente, ele não é fofoqueiro. Até nisso ele consegue ser chato. E qualquer coisa nova que surge eu preciso contar para alguém, não sei quando eu voltaria a trabalhar e ficar dentro de casa está sendo tedioso demais. – Hum, fala. – Eduardo diz tirar seu terno. – Lá vem você com suas conversas aleatórias. Dou uma risada e me ajeita na cama, sempre escuta cada detalhe que eu falo e já está muito bem interessado em conversar comigo. Eduardo é um ótimo ator. Mas ele não iria fingir que está interessado no assunto, porque envolve o amigo dele. E sempre quando a gente diz que uma pessoa está grávida é algo super surpresa e interessante. – Lyah está grávida! Eduardo parou no meio do caminho, parando tudo que estava fazendo. Eu sabia! Ele me olhou. – Tem certeza? – Concordo com a cabeça repetidamente. – Nossa! Está
Minha saída do hospital não foi a mais tranquila, Eduardo não conseguiu me acompanhar porque tinha um trabalho fora da cidade para fazer. Sei que ele ficou se sentindo muito mal por isso, mas eu garanti para ele que estava tudo bem e que ficaria muito chateada se ele deixasse de fazer as coisas dele. Eu estou bem e estarei em casa quando ele voltar. Eu fiquei incomodada com todo aquele cuidado e durante a estrada me deu um calafrio muito grande e foi preciso me dopar. Quando eu acordei estava no quarto de Eduardo. Nos dias seguintes nem precisa dizer o ponto, fui paparicada e muito bem cuidada, era risadas e conversas sem fim. Nem parecia que passamos por uma situação bem difícil. O meu estado atual é o que lembrava, mas os dias foram se passando perfeitamente bem. Consegui conversar com os meus pais, vou estar sem ir para Londres, eu queria me sentir normal de novo. Amo os meus pais e todos que estão ao meu redor. Mas cada um tinha suas vidas a seguir e eles foram, quando Lyah dimin
Cada vez que eu abria os meus olhos me sentia incomodada com a claridade. Uma semana desde que acordei do coma e ainda não me acostumei. Que engraçado não é? Não me acostumei a está viva. Desde que acordei não tem um só dia que eu não esteja acompanhada com alguém, no começo era apenas o Eduardo e nem meus pais reclamaram. Até que convenci o meu futuro marido a ir para casa descansar e alternar com as outras pessoas. Eduardo não aceitou de primeira, mas a minha família convenceu ele. Não estava sozinha no mutirão de fazer Eduardo ir para casa. – A gente se beijou, mas foi só isso. – Lyah dizia enquanto pintava minhas unhas da mão. – Quero ir devagar, não quero apressar as coisas e dar errado lá na frente. Ou simplesmente não quero ser você e o Eduardo na vida. – Ei! Lyah riu. Eu sei que era apenas provocações da parte dela. – Vai que descobro que de algum jeito é meu chefe também? – Falou rindo. – Não me leva a mal, mas não estou a fim de viver essa vida conturbada. – Posso te di
P.V. Kelly Constantemente escuto vozes ao meu redor. Lyah, Gabriel, Eduardo, meus pais e outras pessoas que eu não faço ideia de quem sejam. E ao mesmo tempo não tinha vontade nenhuma de abrir os meus olhos ou conversar com eles. Não quero ser mal educada, fiz aulas de etiqueta e sei que isso é falta de educação. Mas estou cansada. Talvez uma outra hora eles voltem não sei porque ficam tagarelando perto de mim. Ninguém gosta de acordar cedo e eles estão me forçando a isso, Eduardo me pedia e eu sentia vontade de segurar sua mão quando eu sentia a pele quente sobre a minha. Eu não sei porque ele está com essa voz de preocupação, não sei porque está tão agoniado. Estou cansada, mas daqui a pouco vou acordar e dar um beijo bem gostoso nele. Minha mãe gostava de falar sobre bordados. Não era meu assunto favorito, parecia se aproveitar da minha vontade de não falar. Infelizmente tive que ouvir ela falar, não, ela dá uma aula de bordado. O bom é que ela está por perto e logo vou poder con
Último capítulo