Pietro Castellane:
— Seu filho… — Débora começa, e o tom dela já me coloca em alerta. — Passou por uma situação de alto risco, que pode comprometer ainda mais a condição do coração dele.
Um calafrio horrível sobe pela minha espinha, e meu coração bate tão forte que parece ecoar no silêncio do corredor.
— Explique — exijo entre dentes, cada músculo do meu corpo enrijecendo.
Débora suspira de forma bem audível.
— A culpa foi minha. Não deveria ter confiado a monitorização do equipamento a uma estagiária. Mas… — ela pausa por um milésimo de segundo e então continua: — Isso aconteceu apenas porque ela resolveu mexer nos tubos do pequeno Gabriel sem o meu consentimento enquanto eu estava cuidando da emergia de outro bebê.
Meu peito aperta, e meu olhar se estreita.
— E o que exatamente ela fez?
— Por ela ter ajustado de forma errada, o pequeno Gabriel ficou sem oxigênio e entrou em colapso respiratório o que causou uma taquicardia grave nele.
O zumbido nos meus ouvidos fica ensurdecedor, fe