(Ethan)
Só o cheiro do tesão de Ella me deixava desnorteado.
Meu autocontrole era posto à prova toda vez que ela se entregava assim, vulnerável, suada, arfante. Eu a queria de uma forma selvagem e crua, do jeito que meu instinto exigia. Mas antes que pudesse continuar o que pretendia, o som de batidas fortes na porta me fez despertar.
A respiração acelerada do guardião do lado de fora indicava urgência.
Ella se encolheu, surpresa, cobrindo-se apressadamente com o roupão. Seus olhos estavam arregalados, confusos.
Me levantei num instante e olhei para ela.
— Se vista.
— O que foi? — ela perguntou, mas meu tom não permitia discussão.
— Apenas obedeça, Ella.
Ela hesitou, mas logo saiu apressada para o quarto.
Caminhei até a porta e a abri. O guardião à minha frente estava ferido, a respiração pesada, e suas roupas estavam sujas de sangue seco e poeira. Provas de uma luta intensa. Mas o que chamou minha atenção foi a pequena caixa em suas mãos.
O cheiro metálico me atingiu antes mesmo de e