Quando fechei a porta pesada atrás de mim, Sebastian estava de pé perto da janela gigante, de costas rígidas para mim.
— Sente-se — disse ele sem se virar, sua voz estranhamente tensa.
Obedeci mecanicamente, sentando-me numa das cadeiras de couro em frente à mesa.
Ele se virou lentamente e me estudou com aqueles olhos penetrantes e analíticos.
— Você está bem?
— Estou — menti automaticamente.
— Oliver.
Havia algo no tom da sua voz — algo gentil, preocupado — que me fez olhar para ele diretamente.
— Estou bem, Sebastian. Por quê?
— Porque você parece estar prestes a ter um ataque de pânico completo.
A observação clínica me pegou completamente desprevenido.
Será que era tão óbvio assim? Tão patético?
— Eu... estou só um pouco cansado. Não dormi bem.
— Está sendo difícil? — Ele se aproximou, apoiando-se na beirada da mesa. — Os comentários? As pessoas?
Então ele havia ouvido também.
Claro que havia ouvido. Sebastian ouvia tudo.
— Não é nada que eu não possa lidar — menti fracamente, evita