Quando finalmente conseguimos escapar, o silêncio no carro era ensurdecedor.
Sebastian dirigia com os nós dos dedos brancos no volante, olhando fixamente para a estrada.
Eu ficava me mexendo no banco do passageiro, tentando descobrir como quebrar a tensão.
— Sebastian... — tentei.
— Em casa — ele disse secamente. — Conversamos em casa.
O apartamento nunca havia parecido tão silencioso.
Sebastian foi direto para a sala de estar e se serviu de um whisky, algo que eu nunca o havia visto fazer antes.
— Sente-se — disse ele, ainda de costas par
a mim.
Obedeci, sentando-me na beirada do sofá.
Quando Sebastian se virou para me encarar, seus olhos estavam mais frios do que eu já havia visto.
— Precisamos estabelecer algumas regras — começou ele, sua voz baixa mas firme.
— Sebastian, se é sobre hoje...
— É sobre muito mais que hoje, Oliver.
Ele se aproximou, parando de pé na minha frente.
— É sobre as últimas três semanas. É sobre você não parecer entender os limites desta... situação.
Senti m