A noite caía lentamente sobre Monte Carlo, e o quarto principal da mansão estava mergulhado numa penumbra suave, iluminado apenas pelo brilho dourado das lâmpadas e pelo reflexo distante da lua no mar.
Yanika estava no colo de Mike, as pernas ao redor da cintura dele, como se aquele fosse o único lugar seguro no mundo. O vestido leve que ela usava já estava desalinhado, revelando mais pele do que qualquer convenção permitiria, mas naquele momento, convenções eram palavras vazias.
Mike a segurava firme pela cintura, os dedos afundando levemente na curva das costas, guiando os movimentos dela como se cada impulso fosse um pedaço do tempo que ele não teve — anos de espera comprimidos em segundos de realidade.
Ela se movia devagar, num ritmo quase hipnótico, e ele sentia cada detalhe do contato, cada mudança na pressão, cada respiração curta que escapava dos lábios dela.
— Não acredito que isso está acontecendo… — ele murmurou, a voz grave, rouca, como se carregasse o peso de tudo